terça-feira, julho 31, 2007

este blogue faz uma paragem por tempo indeterminado.

Este blogue faz uma paragem por tempo indeterminado.
Na verdade nem posso dar certezas se alguma vez o retomarei.
Agradeço as vossas visitas e comentários

terça-feira, abril 03, 2007

uma nota.

Por razões de força maior (e bem maior) estou impossibilitado de realizar actividades de mais de um dia nos próximos meses e por isso este blogue dificilmente será actualizado nos meses seguintes (mais próximo do Verão retornará ao 'normal' ciclo de posts). Este post é para não gastarem tempo (que é bem precioso) a vir aqui de tempos a tempos. Obrigada pela atenção.

quarta-feira, março 21, 2007

"Encontro Ibérico de Montanhismo" na Serra da Gardunha, de 23 a 25 de Março


A Associação de Montanhismo do Fundão – Gardunha Viva promove, entre sexta-feira e domingo (dia 23 a 25 de Março), 0 Encontro Ibérico de Montanhismo. São esperados participantes portugueses e espanhóis, adeptos do montanhismo e do pedestrianismo.

O Encontro Ibérico de Montanhismo está inserido no Calendário Nacional de Actividades de Montanha da Federação Portuguesa de Montanhismo e Escalada (FPME). Com duração de três dias, a organização, que conta com a parceria da empresa municipal Fundão Turismo, propõe as mais diversas actividades de lazer.

É para o último dia da concentração que está agendada a XI Travessia da Gardunha. A saída será às 8h30 da Praça do Município, passando pela aldeia de Alcongosta e fazendo uma pausa na Casa do Guarda, a 920 metros de altitude. Daí segue-se para Louriçal do Campo (no concelho de Castelo Branco), onde termina a travessia, com o almoço a ser servido às 13h

Antes, no primeiro dia, e para assinalar a recepção aos participantes, a Gardunha Viva propõe o visionamento do filme “Everest”, de MacGillivray Freeman. Já no sábado, o dia será preenchido com um passeio pedestre por “veredas e caminhos há muito abandonados”, entre a Aldeia do Barco (concelho da Covilhã) e Silvares. Após o jantar convívio, há o “Baile da Bota Beiroa”, pelo Grupo de Música Tradicional “Gardunhaviva”.


Programa:

Sexta-feira - 23
18h - Abertura do Secretariado no Parque de Campismo “FUNDATUR” - Recepção aos Participantes
21h30 - Filme “Everest”de MacGillivray Freeman (45´)
23h - Silêncio


Sábado - 24
8h30 - Saída em Autocarro para a aldeia do Barco
9h30 - Início do Passeio Pedestre “Pelas Margens do Rio Zêzere”
12H30 - Chegada a Silvares
13h - Almoço Convívio
15h - Regresso em Autocarro para o Fundão
16h -Jogos Tradicionais
19h - Jantar Ibérico “Traz do teu e come de todos”
20h30 -Cerimónia de entrega de lembranças aos Clubes representados
21h30 - “Baile da Bota Beiroa”
23h - Silêncio


Domingo -25
8h - Concentração na Praça do Município do Fundão
Escolha do Percurso:
Marcha curta: Casa do Guarda de Alcongosta > Louriçal do Campo
Marcha longa: Fundão > Louriçal do Campo
8h30 - Inicio da “XI Travessia da Gardunha
10h - Reforço alimentar na Casa Florestal de Alcongosta
13h - Chegada ao Louriçal do Campo
13h30 - Almoço
15h - Regresso em Autocarro para o Fundão
18h - Encerramento da Actividade


Mais informações e inscrições:
Gardunha Viva - Associação de Montanhismo do Fundão
Apartado 171
6230-909 Fundão
Telef./Fax: 275 772 082
Tm.: 967 994 352 - 966 508 033 - 966 272 132
E-mail: inscricoes [arroba] gardunhaviva.com


Fonte do texto e imagem: Gardunha Viva - Associação de Montanhismo do Fundão

terça-feira, março 13, 2007

Curso de Iniciação ao Montanhismo - Amigos da Montanha - 14,17,18,21,24,25 e 28 Março.


Curso de Iniciação ao Montanhismo


Calendário - 14, 17, 18, 21, 24, 25 e 28 Março

Organização: Secção de Montanha da associação "Amigos da Montanha"

Contactos da Secção:
David Ferreira (Dir. Geral) - tlm 93 44 16 122
Pedro Alves (Coord. Técnico ) - tlm 91 82 06 082
Carlos Peixoto (Dir. Técnico de Alpinismo) - tlm 96 36 71 241

Mail: montanhismo [arroba] amigosdamontanha.com

Ascensão ao Kilimanjaro de pessoal do nuorte!

Parabéns ao pessoal pela ascensão ao Kilimanjaro e ao excelente relato.

E acrescidos parabéns pela notável acção de Solidariedade no Quénia

E foi graças a vós que me lembrei que o Baden-Powell está sepultado no Quénia (este ano que o Escutismo perfaz 100 anos)

"O fundador do movimento escutista, Lord Baden-Powell, escolheu o Quenia para viver os ultimos 3 anos da sua vida, depois de por cá ter passado anteriormente.
[...]
Estamos (ainda) em Nyeri, uma cidade/aldeia a 165Km de Nairobi, local onde Baden Powell repousa [faleceu em 1941]. Ficamos admirados com a simplicidade do que remanesce da passagem do lider mundial por cá. Um simples museu, que mais nao é do que o espaco da casa onde ele viveu mais a mulher, uma sala e o quarto com uma casa de banho enorme.[...]"


No 1º trimestre de 1941 faleceram três britânicos que admiro muito: James Joyce, Virgínia Woolf e Baden Powell. Aliás, Joyce e Woolf até tinham a mesma idade.
(Britânicos refiro-me a ilhas britânicas, pois Joyce era irlandês)

quinta-feira, março 08, 2007

Dois novos e excelentes sitios de montanhismo

Parabéns ao Kata, director técnico da Secção de Montanha da associação "Amigos da Montanha" pelo seu novo website.

Neste website podemos ler um pormenorizado relato da expedição dos Amigos da Montanha ao Aconcágua (por ele empreendida mais cinco membros - Peixoto, Augusto, Abílio, Valdemar e Valeriano) entre 25 de Dezembro de 2006 e 17 de Janeiro de 2007 , coroada de 100% de êxito. Um relato muito interessante e com notáveis fotografias.


Igualmente grande destaque ao espaço Adjama do Carlos Cadinha, também membro da Secção de Montanha da associação "Amigos da Montanha", onde podemos encontrar muitas admiráveis fotos das suas múltiplas actividades a nível de montanhismo, mas também de BTT. No blog deste espaço podemos também ler algumas reflexões suas num tom mais pessoal.

Pela rápida aprovação da "Carta de las Montañas"!

Vídeo pertinente produzido pelos Ecologistas en Acción para promover a aprovação da "Carta de las Montañas", que continua à espera de ser ratificada desde 2002 (Ano Internacional da Montanha)



Visto no Cântaro Zangado


quarta-feira, março 07, 2007

Director do Parque Natural da Serra da Estrela a favor de medidas de condicionamento de tráfego no acesso ao maciço central e Torre

"O director do Parque Natural da Serra da Estrela mostra-se favorável à introdução de medidas que possibilitem o condicionamento de tráfego no acesso ao maciço central e à Torre. Ainda no último domingo de Carnaval, centenas de automóveis subiram ao ponto mais alto de Portugal continental, formando filas com vários quilómetros de extensão que em nada ajudam à preservação ambiental daquela área protegida.

A criação de dois «grandes parques de estacionamento» na Lagoa Comprida e nos Piornos seriam uma «boa solução que evitaria os congestionamentos», defende Fernando Matos. «Subiriam 50 e sabiam que só lá podiam estar duas horas, por exemplo. Só voltariam a subir mais quando esses descessem», exemplifica. A implementação de "mini-autocarros" ecológicos ou mesmo a instalação de teleféricos na ligação da Torre com as Penhas da Saúde, Lagoa Comprida e Alvoco da Serra poderiam ser alternativas válidas.

Contudo, para implementar esta solução que a Turistrela pretende levar a cabo, o director do PNSE realça que «primeiro tem que ser feito um estudo de impacto ambiental». Para o engenheiro, o turismo na Serra constitui o seu «maior potencial» mas, simultaneamente, um dos seus «maiores problemas». Por isso terá que haver «um planeamento e maneiras de ordenar e de condicionar o trânsito, porque as pessoas param e deixam detritos em todo o lado», lamenta. «Temos que pensar que a Serra não é só neve. A Estrela tem um enorme potencial em termos históricos, de património, de trilhos e de gastronomia», que, devidamente explorados, podem fazer com que «deixemos de ter um turismo sazonal para passar a ser em todo o ano», garante.

Sem condições para avaliar o número de visitantes que a Serra regista anual ou mensalmente, Fernando Matos recorda uma contagem feita pela Direcção de Estradas da Guarda, cujos painéis de contagem de tráfego registaram cerca de dois milhões de pessoas num período entre Outubro e Abril de 2004 e a tendência era para um «aumento progressivo», afirma.

Porém, apesar da poluição ambiental provocada pelos automóveis e as alterações climatéricas que estão a afectar a Terra, por enquanto «não há» espécies em risco de extinção na fauna e na flora local. Más há algumas espécies que sofreram um decréscimo nos últimos anos, muito por culpa dos grandes incêndios que afectaram o parque natural. Para ajudar a inverter esta tendência, há espécies que os técnicos do PNSE estão «a seguir e a monotorizar» com vista à sua recuperação. O teixo foi uma das espécies que «mais sofreu». Trata-se de uma árvore que «demora muitos anos a crescer e de que ficaram muito poucos exemplares», alerta, havendo «habitats que sofreram mais que outros». Em relação aos animais, cuja monitorização «é mais difícil de fazer», os incêndios foram problemáticos mas «vêm recuperando», salienta. Nesse sentido, «não notámos que tivesse havido um défice acentuado de nenhuma espécie. Houve foi uma alteração de alguns habitats», indica.

Aliás, «recuperar os habitats é a prioridade. Só com essas medidas é que a floresta renovará e os animais voltarão aos habitats que tinham antes. Isto está a ser feito», assegura Fernando Matos, indicando que já foi aprovada uma candidatura ao Programa Operacional do Ambiente no valor de 700 mil euros com vista à recuperação da fauna e da flora na área do PNSE. A preparação da época de incêndios já começou no terreno, em Janeiro, com «a redução da matéria combustível», ao mesmo tempo que se continua o trabalho de «recuperação de algumas áreas ardidas. Há muito tempo que digo que a época de incêndios é todo o ano», sublinha."

Fonte: O Interior - 22-2-007


Ler as opiniões (post 1, post 2) sobre este assunto de Luis José Amoreira no Cântaro Zangado

sábado, fevereiro 24, 2007

Maciço de Peña Trevinca a saque! Depois da Estância de Ski, afigura-se que o Parque Eólico sempre irá avante.

As três décadas (1978-2005) de direita extremada que governaram a Galiza desde a obtenção do estatuto de Autonomia, em 1978, até à queda de Iribarne, em 2005, parecem permanecer ainda bem enraízadas nas estruturas sócio-económicas e politicas da Galiza. Deste modo se pode entender melhor a percepção que algumas das principais entidades galegas ainda têm relativamente aos aspectos do planeamento territorial e do meio-ambiente nesta comunidade.

Em meados de 2004 começou a tomar forma um projecto de construir uma Estância de Ski no Maciço de Peña Trevinca, com o principal objectivo de substituir a de Manzaneda (cada vez com mais escassez de neve e espaço). O projecto estava bem encaminhado, com a toda poderosa Fadesa a defender os seus interesses acima dos da Galiza e dos habitantes, mas felizmente foram-se erguendo muitas vozes e organizações com opiniões bem dissonantes, que a par da saída do governação do antigo ministro de Franco, Fraga Iribarne, conduziram a um relativo impasse do projecto. Agora (desde há uns longos 6 meses) aguarda-se os resultados de um amplo estudo que a Junta da Galiza está a realizar sobre este projecto e os seus múltiplos impactos (económicos, sociais, ambientais, turísticos, etc).

Paralelamente, a concretização de outro projecto ameaça de igual modo o equilíbrio dos singulares ecossistemas do Maciço de Peña Trevinca. Trata-se da construção de um grande Parque Eólico, na serra de Eixe, uma das principais vias de acesso por oeste a Peña Trevinca. E parece cada vez mais irreversível a sua efectiva implantação. A este propósito ler um artigo muito bom de Xan "Non ao Parque Eólico en Peña Trevinca".

IVª Concentração em defesa das Montanhas de Aragão, 18 de Março

Clicar na imagem para ceder a mais informação

sexta-feira, fevereiro 23, 2007

Aclimatação instantânea a 9 mil metros

Artigo muito interessante :
Aclimatação instantânea a 9 mil metros

sábado, fevereiro 17, 2007

"No Pico da Liberdade" : livro que retrata a ascensão de sete jovens diabéticos ao Kilimanjaro (5895 m), em Agosto de 2005, já à venda!

O livro "No Pico da Liberdade", escrito por Ana Martins, já está à venda desde 8 de Fevereiro, nas livrarias Bulhosa e FNAC de todo o país, sendo que as receitas das vendas do livro revertem a favor da Associação de Jovens Diabéticos de Portugal.

Este livro narra a história verídica de sete jovens diabéticos que subiram a Montanha Kilimanjaro (5895 m), em Agosto de 2005. O livro contém muitas fotos desta expedição e ainda um DVD com a reportagem televisiva da SIC "Montanha Mágica" premiada internacionalmente, que acompanha todos os momentos da ascensão dos jovens aventureiros.

A obra também pode ser adquirida em todas as lojas Fnac, ou encomendada pelo e-mail: ajdp [arroba] ajdp.org ou através do número 967077057.

(em breve colocarei mais informação)

terça-feira, fevereiro 13, 2007

Amigos da Montanha organizam novo curso de Metereologia de Montanha

Os Amigos da Montanha organizam pelo segundo ano consecutivo um curso de Metereologia de Montanha, ministrado pelo meteorologista Pedro Carradinha.

Aceder a mais informações (calendário, programa, conteúdos, preço, destinatários,...)

O Refúgio de Renclusa, em Benasque, passa a estar aberto todo o ano.

O Refúgio de Renclusa, um dos mais antigos e importantes dos Pirinéus, base de operações para as ascensões aos maciços do Aneto e da Maladeta, passa a estar aberto durante todo o ano, desde 1 de Fevereiro. Antes só permanecia aberto da Primavera ao Outono. Depois de um debate, entre as entidades envolvidas no Consórcio de Gestão, entendeu-se que a melhor solução seria a sua abertura todo o ano (tese defendida pela Federação Aragonesa de Montanhismo - FAM), de modo que facilitasse, entre outros aspectos, as operações de resgate no Inverno.

Recorde-se que depois de 9 anos de obras, finalmente no passado mês de Setembro inauguram-se as novas instalações, ampliadas e reformadas, e que permitem a sua habitabilidade invernal. Agora o refúgio tem 92 lugares e conta com bar-comedor, sala polivalente, cozinha, telefone, cacifos, garda-esquis e aquecimento. É gerido por um consórcio em que participam a FAM, o ayuntamiento (Câmara Municipal) de Benasque, e o Centro Excursionista da Catalunha. O guarda continua ser o benasquense Antonio Lafont, que já aí trabalha há mais de 35 anos. O telefone do refúgio é 974 55 21 06.

Traduzido da noticia da Barrabés de 9/2/007 ( foto da mesma fonte)

domingo, fevereiro 11, 2007

“Mais Além - Depois do Evereste”, o novo livro de João Garcia

João Garcia lançou no dia 7 de Fevereiro o seu segundo livro “Mais Além - Depois do Evereste”, editado pela ASA. A ênfase deste livro recai nas expedições que João Garcia realizou após a atingir o cume do Everest em 18 de Maio de 1999 (sem recurso a oxigénio artificial). Em 10 capítulos o alpinista narra 9 ascensões, posteriores a 1999.

A ascensão ao tecto do mundo acarretou a amputação de alguns dedos ao himalaísta o que à partida lhe limitaria as suas actividades e expedições subsequentes no “mundo do alpinismo” . Contudo João Garcia conseguiu provar, sobretudo a si mesmo, que mesmo com tais handicaps físicos continuavam a não existir limites para os seus intentos.

No ano 2000, após algum tempo de recuperação, João Garcia decidiu continuar a fazer aquilo que mais gosta: escalar montanhas. Depois de um regresso ao Evereste, para uma pequena homenagem ao seu falecido amigo, voltou a escalar montanhas, progressivamente de maior dimensão.

Desde de o Evereste João Garcia já escalou mais cinco montanhas com mais de oito mil metros (todas sem recurso a oxigénio artificial):

  • Gasherbrum II (8035 m), em 2001
  • Gasherbrum I, (8068 m), em 2004
  • Lhotse, Nepal (8516 m), em 2005
  • Kanchenjunga, Nepal (8586 m) em 22/5/2006
  • Shisha Pangma, Tibete (8046 m) em 31/10/2006

João Garcia iniciou em inícios de 2006 o projecto "À conquista dos Picos do Mundo", que se estenderá, à partida, até 2010. O objectivo é neste ano (2010) ter escalado (e sem recurso a oxigénio artificial) as 14 montanhas com mais de 8000 metros (8K) existentes na superfície terrestre. Quando iniciou este projecto (princípios de 2006) tinha escalada já 6 montanhas 8K. Durante o ano de 2006 escalou mais duas (Kanchenjunga e Shisha Pangma). Passou a contabilizar no total oito montanhas 8K, e já prepara a expedição ao K2 (8 611m) cuja ascensão será iniciada em Maio de 2007.


Para além destas montanhas já escalou, desde 1999, mais outros dos sete cumes mais altos dos 7 'continentes':

  • Monte McKinley, Alasca (6194 m) em 2002
  • Maciço Vinson, Antárctida (4897 m) em 2003
  • Aconcágua, Argentina (6959 m)
  • Elbrus, Rússia (4741 m)
  • Kilimanjaro (África) (5895 m)

O monte Aconcágua, Elbrus e o Kilimanjaro já tinha atingido anteriormente a 1999 os seus cumes. Inclusive ao Aconcágua realizou em 2004 a sua 7ª ascensão. Para além destas expedições João Garcia escalou entretanto muitas outras montanhas dos Himalaias, Andes, ou Alpes.

João Garcia é também autor do livro “A Mais Alta Solidão”, editado em 2001, que já vendeu masi de 30 mil exemplares. O mais recente livro “Mais Além - Depois do Evereste”, foi dedicado ao alpinista Bruno Carvalho, que faleceu em 31 de Outubro de 2006, vítima de queda, durante a descida do Shisha Pangma, cujo cume tinha atingido horas antes, integrado numa expedição portuguesa liderada por João Garcia. No livro não é incluído nenhum capítulo sobre a subida ao Shisha Pangma "porque o livro já já estava feito" quando iniciou a expedição.


No dia 9 de Fevereiro foi também apresentado o livro de banda desenhadaEvereste’, da autoria de Ricardo Cabral (ilustrador do Correio da Manhã), sobre a ascensão de João Garcia ao cume do Evereste, em 1999. Este livro aborda não só o dia da ascensão ao cume Evereste (em que João Garcia perdeu o amigo Pascal Debrouwer) mas também alguns episódios da infância de João Garcia, nos Olivais, onde ainda reside, tal como Ricardo Cabral.

O livro foi apresentada no decorrer da segunda edição do evento "Um mundo de aventuras", que se realiza entre 7 e 11 de Fevereiro no Centro Vasco da Gama, em Lisboa.

Esta edição foi produzida pela Junta de Freguesia de Santa Maria dos Olivais e pela Câmara de Lisboa. Uma homenagem que aquela junta pretendeu fazer ao alpinista e que se destina a ser distribuída gratuitamente a alunos das escolas da zona, num incentivo à prática do desporto.

Um ano foi o tempo que Ricardo demorou a desenhar a aventura de Garcia – “fiz muita pesquisa e o João forneceu-me muito material”. “O Ricardo conseguiu um detalhe e rigor impressionantes. É como se tivesse lá estado», afirmou João Garcia, explicando que os dois trabalharam em conjunto vendo fotografias e vídeos. Para os textos, o autor baseou-se no livro “A Mais Alta Solidão”.

© (imagem inferior dir.) Correio da Manhã


Índice do Livro:

1 O mesmo jogo, novas regras
2. No Trilho Inca (Chopicalqui - Peru)
3. Regresso aos oito mil metros (Gasherbrum II)
4. Os Himalaias em português (Pumori - Nepal)
5. Brincadeiras à Sombra dos Annapurnas (Himlung Himal - Nepal)
6. No imenso branco da Antárctida (Monte Vinson)
7. Uma aventura em familia (Amadablam - Nepal)
8. Emoções fortes no Paquistão (Gasherbrum I)
9. O outro lado do Evereste (Lhotse - Nepal)
10. Os Tesouros da grande neve (Kanchenjunga - Nepal)

Será que é mesmo por causa da falta de neve?

O Nevestrela assume uma relativa projecção de âmbito nacional, mas apesar dessa relatividade a verdade é que continua a afigurar-se como a mais emblemática actividade do Montanhismo em solo nacional. O Nevestrela apesar de não ser organizado pela FPME a verdade é que desde 2003 participam sobretudo membros de clubes e associações desta federação. E mais do que isso, tem sido um dos locais privilegiados para o encontro de clubes e associados desta federação.

Aliás, 2003 foi um ano simbólico pois foi o primeiro Nevestrela depois da formação da FPME e contou com um grande número de clubes que entretanto tinham fundado ou se tinham agregado à nova Federação. No meu caso, que até aí nunca me tinha aliciado muito participar num Nevestrela (pois prefiro actividades com grupos mais pequenos), entendi participar pela primeira vez neste simbólico Nevestrela. Participei na altura integrado no Grupo de Montanhismo de Vila Real (GMVR), do qual era membro. Como na viagem até à Estrela fui no mesmo carro (próprio) com o chefe Carlos Gomes ele foi-me contado alguns bem interessantes episódios da peculiar relação (ou quase ausência dela) entre o FCMP e o montanhismo português até esse momento, e que ainda me recordo bem. Felizmente, desde então, as coisas mudaram algo.

Voltando ao presente, como estamos recordados, na última assembleia-geral da UIAA, em Banff, em Outubro passado, a FPME granjeou alcançar múltiplas vantagens (em relevante parte através do CNM):

  • ter o mesmo peso nas votações das reuniões da UIAA que a FCMP
  • poder enviar às competições internacionais, organizadas pela UIAA, a mesma quota de atletas que a FCMP
  • ter o direito de organizar competições reconhecidas pela UIAA
  • realizar em 2009 em Portugal a importante Assembleia-geral da UIAA.

E mais importante de todas: a abertura de um Inquérito à legitimidade da presença de uma Federação que tutela, entre outros, o Campismo, como é o caso da FCMP, no seio da UIAA.

Com isto tudo pensava eu que este Nevestrela 2007 era bem simbólico.
Mas enfim, parece tratar-se de mais um Nevestrela…

Dos clubes integrantes da FPME para além dos organizadores: o Clube de Montanhismo da Guarda e o Associação de Amigos da Serra da Estrela (ASE), pelo que observei parece que apenas o GMVR, o CAAL e a Gardunha Viva vão estar presentes oficialmente*. Claro que de alguns outros clubes sempre vai aparecer alguém que depois lá se declarará como representante do seu respectivo clube, mas convenhamos que sempre são representações dissemelhantes. Na realidade, a maioria dos clubes da FPME vai aproveitar o período carnavalesco para realizar actividades noutros espaços. E depois temos o caso, de pelo menos um clube (do litoral centro) da FPME, que vai estar no mesmo período do Nevestrela a realizar actividades na Serra da Estrela, de seu âmbito particular. Claro que cada Clube tem toda a legitimidade de organizar as actividades que assim entende e quando e onde entende, mas tendo os clubes da FPME passado em conjunto, nos últimos anos, por diversas adversidades, como, entre elas, a quixotesca (para ser eufemista) expulsão que a FCMP lhe acarretou, talvez em anos 'mais simbólicos' pudessem marcar reforçada presença em actividades de âmbito nacional.
Nem que fosse porque este ano o Nevestrela tem associada uma actividade muita meritória, a continuação do programa de plantação de
"Um Milhão de Carvalhos para a Serra da Estrela", organizado pela ASE.

*Nota: do CNM - Porto desconheço as suas actividades na segunda quinzena de Fevereiro.

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

III Congresso Internacional da Montanha — Desporto e Turismo Activo (CIM 2007) de 23 a 25 de Novembro de 2007, no Estoril


"A Associação de Desportos de Aventura Desnível (ADA Desnível) e a Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril (ESHTE) organizam, de 23 a 25 de Novembro de 2007, o III Congresso Internacional da Montanha — Desporto e Turismo de Aventura (CIM 2007).

A iniciativa, à semelhança das anteriores edições (CIM 2002 e CIM 2004), decorrerá no auditório da Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril, contará com a participação de especialistas e entidades nacionais e internacionais ligados ao ambiente, turismo activo e desportos de aventura. Para além de apresentar as modalidades desportivas praticadas, o CIM tem vindo a apostar em reunir, num debate alargado, os diversos intervenientes que interagem no território rico e preservado que são as montanhas. Formação, regulamentação, empreendedorismo, treino, fisiologia, técnica, risco, são alguns dos temas deste grande fórum bienal que já vai na sua terceira edição.

Este Congresso contará com duas palestras, um debate e cerca de 32 comunicações. Para além dos oradores convidados, a organização do Congresso aceita comunicações livres.

Durante a conferência decorrerá um programa destinado aos participantes, aos acompanhantes e à população em geral. Este programa é constituído por diversas actividades, entre as quais se contam: Percursos Pedestres, Canoagem, BTT, Escalada, Passeios em Veleiro e uma visita ao Parque Natural Sintra Cascais."


Temas Gerais do Congresso:
  • Sustentabilidade – turismo e desporto na natureza;
  • Inovação e tecnologias em turismo activo;
  • Formação em turismo e desporto na natureza;
  • Gestão do risco e segurança nos desportos de aventura;
  • Empreendedorismo, inovação e turismo activo;
  • Saúde, fisiologia e desporto aventura;
  • Empresas de animação turística: problemas e práticas.



Inscrições e informações:

Toda a correspondência e pedidos de esclarecimento devem ser dirigidos a:

cim2007 - SECRETARIADO

ESHTE - Gabinete de Comunicação e Relações Públicas
Av. Condes de Barcelona Portugal
2769-510 Estoril, Portugal

tel: +351 210 040 729 | fax: +351 210 040 719
e-mail: info@cim-estoril.com | web: www.cim-estoril.com

Segunda a sexta-feira das 9h30 às 12h00 e das 14h30 às 17h00


Ficha de Inscrição


Fonte do texto e logotipo: cim 2007

Ascensão à Peña Ubiña - Amigos da Montanha - 3 e 4 /2/007

Ascensão à Peña Ubiña (2 417m) - Amigos da Montanha - 3 e 4 de Fevereiro de 2007


No dia 3 de Fevereiro de 2007, cerca das 6h30, partiram da sede da associação “Amigos da Montanha”, em Barcelinhos, 18 membros da respectiva secção de Montanha. As duas carrinhas onde seguiam os montanhistas seguiram rumo às Astúrias, chegando ao términos do seu percurso cerca de seis horas depois. Aparcaram no pequeno povoado de Tuiza de Arriba (1230 metros), que se situa nas imediações do maciço de Ubiña, uma zona de Paisagem Protegida, desde 1994. O maciço calcário de Ubiña que se estende ao longo de 13 200 hectares representa o segundo maciço mais importante das Astúrias depois dos Picos da Europa e possui quase 50 cumes que superam a cota dos 2 mil metros. Oito deles superam os 2.300 metros e três os 2.400 metros. Esse privilegiado trio é constituído pela Peña Ubiña (2417m), Fontán Norte (2417 m), e o Fontán Sur (2 408 m).

Peña Ubiña (2417 m) (clicar para aumentar)

Em Tuiza de Arriba o grupo equipou-se a rigor e cerca das 13h15 (PT) partiu em direcção ao refúgio de Meicín (1549 m), trilhando um sendero com neve muito farta e relativamente macia. Menos de meia hora depois já se avistava defronte o imponente maciço de Peña Ubiña, e não tardou que se chegasse ao novo refúgio (ainda em fase de construção), no circo de Ubiña. Prevê-se que abrirá em inícios de 2008 substituindo o velho refúgio de Mieres.

Acampamento junto ao novo refúgio de Meicín (clicar para aumentar)

Numa zona normalmente varrida a ventos fortes, sobretudo nesta época do ano, destacava-se a bonança geral pese embora o céu estivesse bastante carregado. Devido à profusa neve a pequena laguna El Llegu, próxima do refúgio, estava oculta. Montaram-se as tendas e aproveitou-se para petiscar mais alguma coisa. De tempos a tempos caía por uns minutos alguma neve, bem como passavam pelo acampamento alguns espanhóis que regressavam dos cumes mais próximos. Inclusive um ovetense (natural de Oviedo) muito simpático, já na casa dos sessenta, que entabulou conversa com o pessoal da nossa tenda. Curiosamente trazia um piolet “daqueles que remontam já a meados do século passado” como reparou o Sousa. Disse-nos que era dirigente do “Centro Deportivo y Cultural Mierense” que administrava o refúgio antigo e que entretanto tinham passado essa jurisdição para a FEDME, depois de se ter decidido construir novo edifício. Referiu também que segundo as últimas medições, realizados em 2006 o Fontán Norte possui mais três metros que a Peña Ubiña, pese embora esta ter sempre a coberto a histórica primazia.

Entretanto o Peixoto, responsável pela organização geral da actividade partiu com o Sá rumo ao cume de Peña Ubina com o intuito de inquirir melhor sobre o(s) percurso(s) e as suas condições no momento. O resto de grupo esteve durante o resto da tarde, orientado pelo Kata, a treinar técnicas invernais e alpinas num zona próxima. Menos de três horas depois os dois grupos estavam de regresso ao acampamento e o pessoal que tinha ficado mais cá por abaixo inteirou-se melhor junto do dueto que subira das condições da ascensão. O Peixoto forneceu as indicações para a ascensão do dia seguinte assim como foi definido a constituição das cordadas.
Cada grupo recolheu à sua respectiva tenda para preparar o jantar, já a escuridão e um intenso frio tinham descido sobre o vale. Cerca das 22h (PT) já não se vislumbrava nenhum frontal aceso.

O acampamento despertou cerca das 5h30 (PT) e preparou-se para partir em 4 cordadas: cordada A (Kata, Fernando, Melita, Zé de Braga) , cordada B (Sousa, Nuno, Toni, Fátima), cordada C (António, Mónica, Isabel, José Carlos) e cordada D (Marco, Rui, Cadinha).

Ascensão à Peña Ubiña (clicar para aumentar)



Ascensão à Peña Ubiña - Foto captada pelo Carlos Peixoto
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Cerca das 6h10 (PT) começou-se a subir pela vertente oeste, com o Sá a abrir o caminho seguido da cordada guiada pelo Kata e das seguintes cordadas. O Peixoto orientava a coordenação entre as cordadas e prestava segurança numa ou outra passagem que exigia mais atenção, sobretudo com a presença de gelo. Passámos a cerca de 1 950 metros o Collado de Terreros, e já o dia amanhecera quando ingressamos por um corredor com duas passagens que forçaram a uma ligeira e acessível trepadela. Passado este corredor irrompemos de novo numa vertente “mais aberta”, onde já pudemos observar ao fundo quase o topo da Peña Ubiña e à esquerda a Ubiña Pequeña (2 197 m ).

Foto do cume (foto captada pelo Kata)

Pouco antes das 10h, os dezassete montanheiros, depois de superarem perto de 900 metros de desnível, pisavam o cume da Peña Ubiña (2 417 m). Neste, o sol apresentava-se radioso (apesar do natural frio devido à altitude) e a visibilidade era impressionante. O céu estava bastante limpo e dali podiam-se avistar dezenas e dezenas de quilómetros em redor num extraordinário mosaico de montanhas e cordilheiras a perder de vista. Infelizmente também se podia ver no cume um placa metálica em memória de três jovens alpinistas que pereceram naquele local em 1969.

Panorâmica (norte) a partir do cume da Peña Ubina (2 417 m) (clicar para aumentar)


Panorâmica (este) a partir do cume da Peña Ubina (clicar para aumentar)

Todos aproveitaram para captar com as objectivas das suas máquinas as prodigiosas paisagens em redor. As cordadas desceram de seguida em ritmo apressado mas com a devida segurança e cerca de uma hora depois já todas estavam de novo no acampamento. Este foi de pronto desmontado e regressou-se a Tuiza de Arriba. Pouco depois partiu-se de carro para Campomanes onde se almoçou. No final, regresso directo a Portugal.

Panorâmica (nordeste) a partir do cume da Peña Ubina (clicar para aumentar)

Fotos: © Fernando Vilarinho


Percurso a linha amarela a tracejado (clicar para ampliar)


Percurso no Google Earth ( linha amarela - 1º dia e linha laranja - 2º dia)
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Percurso do 2º dia em destaque (Clicar para ampliar)



Ver Ainda:

Fotos agrupadas (grande dimensão) no blogue "Multiactividades Desportivas":

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terça-feira, fevereiro 06, 2007

Ascensão à Peña Ubiña - Amigos da Montanha - 3 e 4 /2/007

Ascensão à Peña Ubiña - Amigos da Montanha - 3 e 4 / 2 / 007


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Ascensão à Peña Ubiña - Amigos da Montanha - 3 e 4 /2/007

Este post é para ver se ganho o prémio de post mais parolo do ano...